Se
falar de amor, eu choro
De
paixão, eu me derreto
De
vontade, eu imploro
De
saudade, eu padeço
Pra
mim não é nada fácil
Começar
um recomeço
Pra
mim é um esculacho
Obsecrar
teu apreço
Se me impões, eu te retruco
Me
domar, eu não te deixo!
Mas não sou bicho do mato
Um sorriso eu obedeço
E se falas mal falado
Eu
fabrico o meu rimado
Eu
rabisco teu ditado
Mando
pro teu endereço!
Sou
o palhaço-poeta
Sou
o poeta-palhaço
Sou
a rima em largo passo
Sou
milagre ao avesso!
Sou
suingue de batuque
Eu
sou de baque virado
Sou
axé, samba e frevo
Sou
poeta, sou danado!
Rodrigo
Alves de Macedo_Pensamentos Exilados